Mon très cher élève,
Sergio Leo, sur la photo avec son épouse et aussi ma très chère élève
Marta Salomon, a parlé de notre blog sur le
sien.
D'ailleurs cette semaine, c'était la sortie de
son livre.
Un des contes s'appelle Mademoiselle Souvestre e o dono do Aterro (Oh lala! Fini la timidité!?). Je partage avec vous un extrait:
Davam muitos nomes a ele. Não percebia. Nem atendia a nenhum, nem ao seu nome original, Sócrates, como o antigo jogador de futebol, feio, muito inteligente, até médico.
Encantava Sócrates a engenhosa maneira de locomoção dos veículos que atravessavam, na maioria com um ronronar suave, a faixa negra e lisa que _ sem saber exatamente o motivo _ chamava de Aterro do Flamengo.
Tecnologia engenhosa de andar, aquela, dos veículos com dois círculos na frente, dois atrás, nas laterais, negros na margem, como era negro o piso por onde pareciam deslizar no Aterro do Flamengo. Talvez fossem feitos do mesmo material, o caminho preto e as margens pretas, dos círculos, nos lados dos veículos que o tocavam.
Quem sabe aquelas máquinas fossem movidas pelo fluxo daquele material escuro que passava por baixo e em torno dos círculos brilhantes nas laterais.
Se ele lembrasse, poderia ter verificado a hipótese sobre a movimentação e o material daqueles veículos, ao encontrar algum deles parado em um dos pontos em que costumava deter-se também, para comer ou atender a qualquer outra necessidade, pelo Aterro do Flamengo, onde vivia. Mas a questão só aparecia quando enxergava, engenhosos e elegantes, os veículos percorrendo em alta velocidade aquelas faixas negras que dividiam seu território, o aterro, do resto da cidade, de onde já tinha vindo algum dia. Desses dias de antes preferia esquecer.
Mademoiselle Souvestre dá aulas de francês no Centro, e é em francês que ela pensa na próxima viagem a Paris, em julho, enquanto dirige em alta velocidade seu Peugeot 206, passando pelo Mourisco, a caminho do Aterro, em direção à sala que aluga no Centro, onde o aluno da hora deve chegar em poucos minutos e irritar-se ao constatar, novamente, a impontualidade carioca da professora de francês. Ela lembra, no caminho, do relato de um ex-aluno chinês, exasperado com a falta de consciência brasileira em relação às normas primárias de cortesia. O chinês posta-se à entrada, quinze minutos antes do encontro; o carioca esconde-se atrás da porta em algum afazer inexplicável, e lá continua, meia hora após. Um pensa nos outros; o outro obriga que pensem nele.Pour la suite, achetez le livre!
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire