A Notícia, 16/12/2009 - Joinville SC
Educação bilíngue
Nicolle Regitz e Elza Cristina Giostri
Crianças bilíngues leem melhor e mais rápido. Pesquisas mostram que seu desempenho acadêmico, entre outras coisas, é melhor. Em uma escola bilíngue, os alunos ficam imersos na segunda língua dentro e fora do espaço de sala de aula. Todo o ambiente é sinalizado e organizado em dois idiomas, e as crianças, com o tempo, passam a utilizar o segundo idioma de forma natural. Nas escolas monolíngues com o ensino de uma segunda língua opcional no contraturno, do qual não participam todos os alunos, as diferenças cognitivas entre os estudantes tornam-se cada vez mais acentuadas. A simples adição de carga horária elevada de um segundo idioma a um currículo monolíngue não garante os mesmos resultados de um ensino bilíngue no qual os professores realizam um trabalho integrado.
A metodologia de ensino é a mesma para os dois currículos e, para isso, a escola procura mixar os conteúdos de maneira que se complementem positivamente e compor um corpo docente formado especificamente para lecionar as disciplinas como matemática, ciências, história e geografia no segundo idioma. Este diferencial é de fundamental importância e é exatamente o que caracteriza uma escola bilíngue. Diversa daquela na qual os professores do segundo idioma são preparados apenas para ensinar a linguagem. Uma escola que possui todo o seu currículo fundamentado de maneira bilíngue, ou seja, que selecionou criteriosamente os temas das disciplinas a serem trabalhados em cada idioma, que organizou projetos multidisciplinares envolvendo as duas línguas e que conta com professores preparados para aproveitar todo esse arsenal de possibilidades oferece aos seus alunos uma educação integral e coerente, além de verdadeiramente bilíngue. A unidade dos currículos é essencial para que o ensino bilíngue atinja seu total potencial na direção do desenvolvimento de toda a capacidade acadêmica.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire